quinta-feira, 30 de junho de 2011

5. A moral

Austin Dacey novamente, com sua filosofia ateísta, relembra o que o cristianismo atual está esquecendo. Vejamos sua frase:
    [...] poderia ser que Deus reconhecesse alguma coisa em nós que seja moralmente importante. Talvez seja nossa capacidade de sofrer, ou de ter interesse em planos, ou de fazer promessas. Mas se isto está certo, Deus sai da moldura.
    Estas caracterísitcas morais importantes que determinam nosso valor dizem respeito a nós mesmos, não em fatos a respeito de Deus. A existência de valores morais objetivos de forma alguma implica na existência de Deus.
A moral de não matar e roubar e... acho que só, pois as demais a sociedade já deu conta de relativizar... são morais que dizem respeito a relação que nós temos com Deus, mas visualmente é mais fácil as pessoas aplicarem a nossa relação com os nossos iguais, ou seja, os outros seres humanos.

Nisso  Austin tem razão. Para alguém que não crê em Deus não há como ligar a noção que é errado matar e roubar prova de alguma forma sua existência. Mesmo se pegássemos todos os mandamentos da segunda tábua (Honra a teu pai..., não matar, não adulterar, não furtar, não dizer falsidades e não cobiçar) nós não teríamos nenhuma prova nesse comportamento moral que Deus existe.

Nas palavras de Austin reconhecemos que ele requer que houvesse alguma moral fixa em nós que revelasse a nossa necessidade de Deus. Algo que fosse moralmente relevante a nosso relacionamento de nós para com Deus. Nisso eu chamo a atenção para a adoração.

Veja que todo ser humano, seja ateu ou téista, tem em seu íntimo a necessidade de adorar algo que julga superior a si mesmo. E isto é confirmado pelas ciências naturais e humanas. Adoramos a sabedoria, diversos deuses, outras pessoas e continuamente fazemos delas ídolos. Ninguém fica imune a isto.

A Bíblia também declara a respeito da adoração, mas ela foca na verdadeira coisa que deve ser adorada. A primeira tábua da lei (não terás outros deuses..., não adorarás imagem..., não dirás o nome de Deus em vão... e lembra do sábado para o santificar) são mandamentos que dizerm diretamente respeito a adoração e a quem ela deve ser dada (veja um pequeno aspecto disso em Adoração).

Mas como que nós temos respeitado a primeira tábua da lei? Temos colocado Deus em primeiro lugar na nossa vida?

William Craig é um bom símbolo do cristianismo atual ao procurar a comprovação da existência de Deus longe de sua segunda maior manifestação para nós, a Bíblia Sagrada. A primeira e muito mais perfeita é nosso senhor Jesus Cristo.

O quanto da Bíblia não sabemos? O quanto estamos procurando descobrir com o auxílio do Espírito Santo? Você está sentindo os perigos de procurar "apenas" fontes não bíblicas para estruturar sua fé? Eu espero que sim.
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Estudo anterior: 4. Evolução e sua implicação na existência de Deus
Próximo estudo: 6. O sofrimento

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