quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Muros do templo de Salomão são encontrados

Estes muros estão a muito tempo desaparecidos. Alguns até duvidavam da existência do templo construído por Salomão por falta de evidências, mas, aparentemente, isto está solucionado.

O post está nestes sites, mas em inglês. Dêem uma olhada aqui (Arqueology daily) e aqui (Fox News).

Não há certeza completa sobre estes muros serem do templo de Salomão, mas pela datação é bem provável.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Idade da Razão

A Idade da Razão é um romance filosófico de Jean Sartre onde seu clímax é alcançado ao fim da obra onde o personagem principal se encontra na "idade da razão".

O que seria esta "idade da razão"? Segundo a obra, seria exatamente o momento que o homem descobre sua nulidade. Exatamente! O momento em que o homem entende que ele não é nada e que todos os seus sentimentos, desejos e aspirações são temporárias e condicionais. É um momento que entendemos que nada somos e para lugar nenhum iremos. É uma noção triste e pessimista sobre a realidade humana, mas para o ser que está passando pela idade da razão é visto como apenas "realidade".

Para Sartre, esse conceito é um conceito motivador das verdadeiras obras. Depois de aceitar sua verdadeira realidade nulificada é que encontramos real motivação para viver e construir propósitos e lutas. Sartre era um filósofo ativista ateu e acredito que seus pressupostos saíram de experiências pessoais, pois não entendo muito bem de onde ele concluí isto ou como o saber do nada, em seus conceitos, poderiam motivar alguém. Talvez não entenda por não ler as duas obras seguintes, as quais continuam a trilogia "Os caminhos da liberdade".

Já um amigo e rival tem uma opinião um pouco mais semelhante a minha a respeito da "idade da razão". Albert Camus, em seu livro A Queda, descreve a vida de um homem boêmio que amava seu estilo de vida e a intensidade em que vivia. Ao se deparar com a "idade da razão" ele perde todo o sentido de sua vida. Ao descobrir que suas atitudes não tem real valor, que sua vida é vazia e falta significado ele entra num estado de desespero amplo, não encontrando caminho para onde ir.

Chegando ainda ao cúmulo desta noção, temos a obra O Estrangeiro do mesmo autor, onde a personagem principal mostra sua indiferença enquanto a todos os aspectos de sua vida. Ele é um personagem extremamente neutro em todas as situações em que vive, se preocupando exclusivamente com os sentimentos imediatos de seu ser, não se importando com seu futuro. Sua nulidade é tão grande que não teme a pena pelo assassinato que cometera. Nem a promessa de um Céu poderiam lhe motivar uma defesa ou confissão de pecados para ter alguma esperança futura de vida. Com este exemplo horrendo sobre a "idade da razão", Camus tenta deixar claro sua filosofia a respeito da idade da razão e de sua negatividade para a sobrevivência e motivação humana.

Mas estes sentimentos de vazio tão existentes no existencialismo nascido no século XIX e que encontrou sua expressão máxima na primeira metade do século XX não é tão recente na história da humanidade. O livro hebraico chamado na Bíblia cristã de Eclesiastes já continha estas noções de vazio e nulidade. A resposta a este vazio estava contida no prazer expresso nas pequenas coisas do viver diário e na obediência a Deus, preparando o ser para o encontro com O próprio no juízo vindouro.

Claro que este pessimismo não é comum a bíblia hebraica, mas a noção do vazio humano e de sua total dependência de Deus é notória por todas as páginas antigotestamentárias.

Este vazio é reafirmado e intensificado nas páginas de Paulo em sua carta aos romanos:
Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.
Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
Em seus caminhos há destruição e miséria;
E não conheceram o caminho da paz.
Não há temor de Deus diante de seus olhos.
Romanos 3:9-18
Este é o conhecimento que todo cristão deve ter de si e de sua situação perante Deus. Sim, é a "idade da razão" sartreana. Mas Deus também vê como Camus via. Idade da razão sem esperança é morte. Por isso a solução Cristã para este autoconhecimento da realidade é não depender de si mesmo, mas dos méritos e poder de outro ser:

Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
João 15:5
Ter consciência de nossa inconstância e contradições diárias nos faz entrar na "idade da razão", mas a Bíblia apresenta Alguém que é maior que nossas falhas e mais misericordioso também. Que possamos ter esperança no amanhã, pois nossa vida tem propósito ao lado de Cristo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Código Da Vinci

Nenhum livro da atualidade causou tanto reboliço na mente das pessoas a respeito das verdades ou integridade do cânone bíblico quanto O Código da Vinci de Dan Brown.

Apesar do livro ter sido declarado como um obra de ficção, os leitores são enfeitiçados pela bela lógica do romance. O que seduz ainda mais são as descrições e interpretações de lugares e objetos reais, encadeados de forma a criar verossimilhança aos leitores menos informados.

Ainda se tornou maior o fascínio quando toda a mídia começou a produzir respostas e afirmativas da possível descendência de Jesus Cristo com Maria Madalena na terra. Tanto as afirmações como as contrafações foram muito bem compensadas financeiramente pelo mundo.

O próprio Dan Brown afirma acreditar nos argumentos expostos no livro, dando maior credibilidade ou no mínimo criando uma dúvida a respeito dos escritos bíblicos.

Essa teoria conspiratória tem como seu alvo suplemo a Igreja Católica Apostólica Romana. Interessante como o nome "cristianimo" é mais associado as práticas cristãs católicas do que as próprias práticas do cristianismo canônico descrito no Novo Testamento. Mas, digressões a parte, não fora apenas a igreja romana que fora atingida, mas a própria fidedignidade dos discípulos de Jesus.

A mistura de um único apócrifo com uma interpretação de uma citação "lacunar" aponta, segundo a obra, Jesus como marido de Maria Madalena e especulações sobre a ordem templária de cavaleiros cruzados levam a um João feminilizado a virar Maria Madalena (sumindo, com isso, com um dos discípulos) num dos quadros mais famosos de Da Vinci. Parece pouco, mostrando assim, mas o encantamento com a obra e a nossa paixão por teorias conspiratórias cuidam do resto.

A verdade e que tanto o History, Discovery e National Geografic Chanels ainda trabalham com essa polêmica tão rentável, desde seu surgimento em 2003, propagando está especulação, já desmentida por heruditos, que está minando a fé de tantos nas palavras que mais tem transformado vidas na história da humanidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A alma imoral - Rabino Nilton Bonder (CPFL Cultura)


O Rabino Nilton Bonder fala algo que vai contra o mito do corpo profano e alma santa ao expôr seu livro A alma imoral, que agora virou peça de teatro.

Ele aborda uma visão de mundo mais religiosa, mas estremamente coerente, mostrando interpretações de episódios bíblicos que afirmam a tensão do ser humano com suas limitações morais.

Ótimo vídeo (veja aqui) que nós é trazido mais uma vez pela CPFL Cultura.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Testemunha de Jesus - Epístola de Mateus e templo de Jesus


Aqui está demonstrado, através de métodos de datação histórica/arqueológica, a possibilidade do evangelho de Mateus ter sido escrito por testemunhos oculares. Imperdível!

Veja o vídeo da Discovery na TV UOL aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Perguntas a um cientista

Caso você visse um milagre, você o comunicaria a comunidade científica?

Caso você sofresse um acidente junto com sua esposo e ela ficasse a beira da morte, levando-o a desesperadamente implorar pela vida dela a Deus, e Ele automaticamente ouvisse, você contaria?

Caso você fosse abordado por sujeitos violentos e um anjo aparecesse e te salvasse, você relataria isso a comunidade?

Caso Jesus se mostrasse pessoalmente a você, você avisaria a todos de sua real existência?

Suponha que você estivesse firmemente convicto que qualquer experiência sobrenatural que lhe comprovasse a existência de Deus fosse real, você falaria a todos, incluindo ao meio científico e midiático, mesmo podendo cair no ridículo e dar descrédito aos trabalhos que você já realizou?


Veja que qualquer pessoa que tenha uma real e verdadeira experiência espiritual está sujeita ao silêncio por simples medo da reação dos outros, de cair no descrédito ou ser contado junto aos crentes que por muitas vezes foram alvos de seus risos e sarcasmos. A ciência e a mídia enobrecem os que não dependem de Deus e chamam de simplórias as pessoas que professam qualquer fé.



Deus seria muito mais aceito caso nós fossemos mais corajosos em testemunharmos o que vimos e vivemos em nome dEle, independente das consequências.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Jeremias: uma lição sobre fazer a vontade de Deus

Jeremias é conhecido por muitos como o profeta chorão por causas dos diversos lamentos feitos por ele no livro bíblico que leva seu nome.

Na verdade, este livro, literariamente falando, é um compilado de vários oráculos atribuídos a esse profeta, dando uma ideia de colcha de retalhos (um dia falarei mais sobre isto) de profecias e relatos históricos do mesmo.

Jeremias não era diferente de nenhum judeu de sua época em relação a vontade de viver livre. Ele apela a Deus para que sua nação consiga a paz tão prometida pela maioria dos profetas de sua época. Mas, apesar dos desejos serem os mesmos, sua disposição para ouvir a vontade de Deus é diferente da maioria.

Além de ter o desejo de liberdade negado, ele ainda se torna mensageiro da verdadeira mensagem de Deus. Deus traria paz, mas não da maneira almejada por todos. Eles deveriam se entregar ao domínio Babilônico. Dessa forma o povo sobreviveria, sendo que de outra, eles sofreriam coisas piores.

Jeremias sofreu ao dar essa mensagem ao povo. Uma mensagem que ninguém queria ouvir, principalmente a casta religiosa, a primeira a rejeitá-la. Foram eles que perseguiram Jeremias, transformando-o num símbolo do futuro sofrimento do messias prometido. Mas houve quem o ouvisse. Príncipes e anciãos da nação o defenderam dos que o queriam matar.

Ele também colocou um jugo (canga) por ordem de Deus como símbolo do cativeiro babilônico, o qual foi despedaçado pelo profeta Hananias dizendo que em dois anos Jerusalém estaria livre do jugo babilônio. Mas Deus mandou que Jeremias colocasse um jugo de ferro, pois seria certo que eles ainda continuariam na Babilônia.

E Deus? Bem, Deus sabe o que é melhor para nós. Claro que ele conhecia a história dos hebreus, de todos os sofrimentos que a escravidão do Egito havia causado a eles. Mas ele também sabia dos pecados e da religião formalista que eles praticavam. Por isso ele preferiu manter seu povo cativo ao invés de conseder-lhes a liberdade. Veja a seguinte fala de Deus:
Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, os quais fiz transportar de Jerusalém para Babilônia:
Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto.
Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais.
E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.
Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais;
Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o SENHOR.
Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.
Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.
E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.
Jeremias 29:4-14
Reflexão: Desde que me formei na faculdade estou desempregado. Antes de minha formação acreditei que seria fácil conseguir emprego, ainda mais com meu diploma. Mas não foi assim, por diversos motivos - a maioria só Deus sabe.

O emprego é fundamental a todos nós e de forma alguma isto é um mal pedido para se fazer a Deus. Mas sinto que Deus está querendo que eu aproveite estes instantes para aprender a ter maior dependência dEle. Assim como os Judeus do tempo de Jeremias queriam uma vida liberta, esta vida liberta não seria aproveitada na presença de Deus. Sei que sou um pouco assim. Sei que tenho uma grande tendência de depender só de minhas forças, esquecendo-me de Deus e, principalmente, do meu próximo. Este tempo de desemprego está sendo uma lição de humildade para mim.

Assim como Jeremias se humilhou perante a vontade divina; assim como a nação, para sofrer menos, teve que esquecer de seu espírito guerreiro; assim como eu estou tendo que me lembrar a cada instante de como sou dependente de Deus e da misericórdia alheia; você também deve olhar para os Céus e se entregar à vontade divina e esperar pelo seu tempo de libertação.

Lembre-se: Deus tem pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

Que seja feita a vontade de Deus em nossa vida.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O mito da terra plana

O livro Inventando a Terra Plana (São Paulo: Editora Unisa, 1999), de Jefrey Burton Russel, historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia, mostra convincentemente que a ideia da Terra plana foi uma elaboração mais ou menos recente. Embora hoje se saiba que os europeus renascentistas tenham supervalorizado a ideia de que houve um período de mil anos de trevas intelectuais entre o mundo clássico e o moderno, Russel acredita que o erro da Terra plana não havia sido incorporado à ortodoxia moderna antes do século 19. “[Russel] descobriu o fio da meada nos escritos do americano Washington Irving e do francês Antoine-Jean Letronne [responsáveis pela posterior propagação do mito da Terra plana]. Mas sua disseminação no pensamento convencional ocorreu entre 1870 e 1920, como consequência da ‘guerra entre a ciência e a religião”, quando para muitos intelectuais na Europa e nos Estados Unidos toda religião tornou-se sinônimo de superstição e a ciência tornou-se a única fonte legítima da verdade. Foi durante os últimos anos do século 19 e os primeiros anos do século 20 que a viagem de Colombo tornou-se então um símbolo amplamente divulgado da futilidade da imaginação religiosa e do poder libertador do empirismo científico. ... os pensadores medievais, da mesma forma que os clássicos que os antecederam, criam na redondeza da Terra” (p. 10).

Irving (1783-1859) retocou a história para parecer que a oposição à viagem de Colombo se deveu ao pensamento de que a Terra fosse plana . Isso foi provado falso. A oposição se deveu, na verdade, à preocupação com a distância que os navegadores teriam que percorrer. A esfericidade da Terra não foi tema de discussão naquela ocasião.[leia o restante aqui]

(do Blog Criacionismo).