quinta-feira, 30 de junho de 2011

6. O sofrimento

Aqui é que entra a maior base (ou desculpa) para o ateísmo em todas as épocas da humanidade: se Deus é amor e todo poderoso, por que sofremos?

Isso me faz lembra do filmes "Forest Gump". Na cena que Forest está carregando seu amigo Buma (se não me falha a memória) seu amigo faz-lhe a seguinte pergunta "Forrest, por que isto está acontecendo". Forest estranha a pergunta e simplesmente responde "porque você levou um tiro, Buma!".

Sofremos porque estamos num mundo mau e hostil. Sofremos porque nós fazemos mau a nós mesmos e a outros. Sofremos porque somos empáticos ao sofrimento alheio. Sofremos porque somos egoístas. Essas são as origens do sofrimento em nossa vida.

Vemos claramente que ele provêm de nós e coisas que fogem de nosso controle. Mas nada disso que eu disse prova ou descomprova a existência de Deus. Na verdade, seguindo o raciocínio de Austin Dacey, isto descomprova, pois se ele fosse amor, ele não deixaria isto correr solto. Bem, ele não deixa.

O mal é necessário para que o amor seja completo. Segundo a Bíblia, o verdadeiro amor se demonstra mais claramente quando se permite que as pessoas escolham seus caminhos. E só há dois: vida ou morte (Deuteronômio 30:11-20). E como somos irmãos e temos um elo com nossa terra e tudo que nela se encontra, arrastamos todos eles para a morte que normalmente escolhemos.

Mas você pode dizer: "mas eu não escolhi a morte!". Verdade, assim como Eva não escolheu, mas foi enganada ao escolher ouvir a serpente e não a Deus. Provérbios já dizia:
Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.
Provérbios 14:12
Mas Deus não foi indiferente a esta escolha. Ele proveu vestimentas devidas ao primeiro casal e lhes deu uma esperança que viria da própria mulher. Uma criança que tiraria para sempre nosso destino mortal.

Ele proveu uma saída para nossas desgraças, mas ele quer que aprendamos a amar para que não voltemos a escolher os caminhos de morte. Por isso ainda estamos num mundo de sofrimentos. Devemos aprender a amar os que estão no meio desse grande conflito e o amor real também envolve não esperar recompensa para amar. E esse é o melhor sofrimento, pois ele produz mais fé e esperança e principalmente amor.

Veja que Deus além de poderosíssimo ele é sabedoria. Ele sabe o fim desde o início e como alcançar os melhores resultados para todos. Veja como exemplo a história de Lázaro (João 11):

Lázaro era amigo de Jesus. Jesus ficou sabendo que Lázaro estava doente e pareceu demonstrar indiferença para com isso. Quando resolveu sair a seu encontro falou para seus discípulos que Lázaro havia morrido. Mas a morte para Jesus não era fatalista como muitos vêem. Ela é um sono em que Ele tem poder de despertar. Por isso a morte na visão de Deus não é igual a morte em nossa visão. Chegou lá no quarto dia da morte de seu amigo. Se eles chegassem um dia antes, segundo as tradições judaícas, ele poderia ressuscitar Lázaro. Não havia esperança entre os presentes. Só a da ressurreição do último dia. Mas Jesus ressuscitou-o mesmo assim. E a Bíblia declara, no verso 45, que "muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele".

Caso Jesus não tivesse permitido tamanho sofrimento por parte de seu amigo e o tivesse curado a distância, pois Ele tem esse poder, provavelmente ninguém creria, pois talvez ele tivesse se curado sozinho e as pessoas não saberiam quem Jesus era. Mas Jesus escolheu o caminho que seria melhor para todo mundo. Ele é assim. Faz o melhor para todos, não só para mim e para você.

Agora concordar com este tipo de atitude o não é mera opinião pessoal, não o correto a ser feito.
Quem quiser ser egoísta tem liberdade para o ser, mas sua opinião pessoal não desfaz a existência de um Deus de amor.

Louvado seja o nome de Deus.
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Estudo anterior: 5. A moral
Próximo estudo: 7. Falta de conforto divino em meio ao sofrimento

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