segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Contrato particular

Ontem, ao voltar de uma prova no metrô, estava refletindo na possibilidade de uma pessoa estar enganando outra para aumentar seus rendimentos através de uma mentira. Coisa de dizer que vai fazer tal coisa como dinheiro, mas na realidade só quer mais dinheiro.

Pensei na desonestidade disto, mas meus pensamentos não ficaram só aí. Eles chegaram até a adentrar nos pensamentos da outra pessoa e assumir que essa pessoa poderia considerar que estaria simplesmente estar reivindicando um direito seu de uma maneira mais amena.

No momento em que começou a passar por minha mente o fato de eu também poder reivindicar esse direito, fazendo com que disfrutassemos dos mesmos direitos, veio a mim seguinte resposta de Jesus para Pedro: "Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu." João 21:22; acompanhado também da parábola dos trabalhadores da vinha (Mateus 20:1-16).

Ahn?!? Mas o que tam a ver?

Bem, o contexto do texto de João é incrível. João foi o único discípulo que não abandonou Jesus no momento mais crucial (literalmente) da história da humanidade. Mesmo o intrépido Pedro o negou em voz alta. Neste capítulo, logo após Pedro receber o perdão e estimulo do Mestre, Pedro começa a se questionar: "Se eu que o neguei fui posto para cuidar das ovelhas amadas do meu Mestre, o que será de João, que esteve com Ele nos momentos mais difíceis?" Neste contexto que vem a resposta de Jesus:
Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.

Do mesmo modo os trabalhadores da vinha que questionaram seu empregador, pois haviam começado o trabalho mais cedo e receberiam o mesmo salário, receberam uma resposta similar:
Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
Deus tem um contrato especial com cada um. Ele sabe das nossas dificuldades e fraquezas pessoais. Ele sabe que muitas vezes caímos e nos dá força para ser reerguidos. Ele sabe que muitas vezes somos tentados a seguir os maus exemplos de pecados que estão ao nosso redor, mas Ele repete "olhe para mim, não para o pecador! Eu sou seu Mestre! É comigo que você tem que se acertar, não com seu irmão".

Se nosso irmão pecou e foi perdoado, glória a Deus porque lhe concedeu misericórdia. Se nós permanecemos fiéis, glória a Deus pois é Ele que nos sustém.

Cada um de nós temos um contrato particular com Cristo. Nós fizemos promessas particulares e compromissos que muitas outras pessoas não fizeram. Por isso não devemos reinvindicar para nós direitos de outros. Jesus nós prometeu diversas coisas. Devemos confiar nas suas dádivas e deixar que Ele cuide dos compromissos que Ele fez com os nossos outros irmãos.

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