segunda-feira, 14 de junho de 2010

Êxodo 20:5-6, parte 2: Bem X Mal

O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do SENHOR todo dia.
Porque certamente acabará bem; não será malograda a tua esperança.
Provérbios 23:17 e 18
Não é difícil acharmos tentadora a ideia de que o mal é mais forte que o bem. Com certeza todos nós já vimos o malvado sair triunfante de uma adversidade. Maior exemplo disso é no esporte. Aquele que simulou um penalti, fez um gol de mão, acertou covardemente um adversário e saiu impune, etc.

Mas não é só no esporte que temos essa sensação. No meio acadêmico, profissional e até nos relacionamentos, muitas pessoas só conseguiram adquirir o almejado através de trapaças e mentiras.

Tudo isto acaba fazendo que por vezes nós desejemos praticar o mal. Parece que todos que escolhem usar suas ferramentas tornam-se soberanos e que os que praticam o bem sempre são as vítimas.

Mas, segundo a Bíblia, o mal não é soberano sobre o bem. Uma das provas disto é o texto base destas segunda parte desta reflexão: Êxodo 20:5 e 6.

Na 1ª parte vimos uma visão comum dos teólogos a respeito do texto, mas agora gostaria de levá-los a um pensamento que há algumas semanas que me surgiu.

Uma das claras oposições do verso é entre a iniquidade e a obediência. Iniquidade, que é o viver sem equidade, ou seja, desobedecendo a lei (veja mais aqui) e a guarda de suas leis. Uma luta entre bem e mal.

Nestes versos, vemos que a palavra geração é utilizada como marco de tempo para em que Deus perseguiria o mal. Ou seja, o mal não duraria para sempre. Já em oposição a isto, o tempo de proteção é vasto.

Só uma pequena conta para entendermos esta imagem bíblica. O tempo de uma geração atualmente é muito variado, por isso mostrarei direto o tempo que muitos aplicam a uma geração bíblica, segundo o texto de Números 32:13, é de 40 anos.

Se consideramos este número de anos (40), iremos esperar que Deus perseguiria o mal nos filhos das pessoas por cerca de 160 anos. Contrapondo esta ação, Deus protege o bem feito por 40.000 anos. Imenso, não?

Só para se ter ideia, os textos bíblicos não permitem uma interpetação maior que 10.000 anos para a idade da Terra, segundo alguns escritores. Vejam que o bem seria protegido até nossa existência nos Céus.

Claro que isto é só um calculo para termos noção do que Deus quer nos dizer, afinal, não creio que a contagem seja literal destas gerações. Aonde quero chegar com este raciocínio? O Bem pode parecer mais fraco, mas ele dura para sempre:
Por que te glorias na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempre.
Salmo 52:1
Lembrando que toda bondade é bondade de Deus (Efésios 4:8 e 9; Filipenses 2:13; Gálatas 5:22 e 23).

Ainda não entendeu o que há de novo? Olhe... o Bem é eterno. O bem que fazemos, o verdadeiro bem, que fazemos com o coração verdadeiramente motivado por bons motivos, este é eterno.

Mesmo que eu ou você não nos salvemos (isto só acontecerá se não aceitarmos o sacrifício de Cristo), o bem que fizemos até hoje permanecerá na memória das pessoas que ajudamos.

Um salvo nunca vai esquecer o rosto de quem lhe deu estudo bíblico, ou que lhe deu comida num momento de fome, ou lhe vestiu no frio, deu carinho na carência, amor na amargura...

O Bem dura para sempre, ele é mais poderoso que o mal. Suas obras são eternas. Já o mal, esse se findará (Apocalipse 20:14; 21:4 e 8).
Por isso a insistência de Paulo para que procuremos o Bem. Finalizo com estes versos:
O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Romanos 12:9, 17 e 21

Nenhum comentário:

Postar um comentário