segunda-feira, 7 de março de 2011

A escravidão e a Bíblia

Uma vez eu citei numa rede social (o orkut, mais especificamente) que a escravidão na Bíblia era uma das mais brandas e revolucionárias de toda a antiguidade. Um membro ateu, que estava lá para mexer com os ânimos da comunidade cristã, zombou indagando como isso seria possível.

Bem, até a Wikipédia, site que não é de todo confiável como informação, confirma isto (veja aqui). O sistema escravista era predominante no mundo conhecido, mas os tipos de escravidão variavam muito. Desde presos de guerra a vendas por pagamento de dívidas aconteciam.

Jesus mesmo dá evidências disto. Na parábola do credor incompassivo, vemos um senhor que iria vender o homem que lhe devia e toda a sua família e objetos para receber a dívida (Mateus 18:25, veja também Levítico 25:39) A escravidão era, claramente, um meio de garantia dos que pediam empréstimos pagarem suas dívidas.

Mesmo este tipo de escravidão não agradava a Deus. Apesar da compra de escravos não ser proibida (Levítico 25:44-46) Em Êxodo 21:16 mostra claramente que fazer um escravo pela força não era aceito, tanto que era punido com a morte. Veja na versão da Nova Tradução da Linguagem de hoje:
Quem levar à força uma pessoa para vendê-la ou para ficar com ela como escrava será morto.
Infelizmente, isso não significa que os israelitas não fizeram isto. Além disso, Deus colocou muitas outras leis que protegiam os escravos de seus senhores (veja Êxodo 21 e Levítico 25). Se um senhor pegasse uma escrava como mulher e depois quisesse pegar outra mulher para si, caso ele não conseguisse manter o mesmo padrão de vida para ela a lei libertaria a esposa escrava. Mais uma vez Deus mostra tolerância para com os costumes humanos, mas sempre apontando para onde ele quer que seus filhos cheguem.


O tratamento que a Bíblia dá aos seus escravos é tão diverso da escravidão que costumamos ver nos livros escolares que muitos tradutores não gostam da palavra "escravo", usando no lugar dessa a palavra "servo".


Mesmo Deus permitindo, e NÃO incentivando, não significa que ele desumanizou estes homens e mulheres que viviam sobre a posse de outra pessoa. Levítico deixa claro que são escravos por dedicarem sua força laborial ao seu dono. Outras incumbências e abusos tinham seu nível de punição na lei. Além disso, veja o que Paulo nos mostra a respeito da igualdade entre os seres humanos:
Desse modo não existe diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e pessoas livres, entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo Jesus.
Gálatas 3:28
 Um dia todo o mal irá cessar, e Deus não permitirá mais nenhuma injustiça.

Nos firmemos nele até lá.

3 comentários:

  1. se a biblia fosse mesmo coisa de deus não permitiria escravidão nem aquela época nem nesta, logo voce mesmo se afundou nessa explicação no mínimo anedótica.
    leia mais e veja quanta informação errada está neste livro e procure fontes fora da biblia pois só ler este livro não deixa ninguém mais inteligente.

    ResponderExcluir
  2. J.C.
    Nem toda a escravidão é maligna como a de poucos anos atrás.
    Inclusive Abraão ia deixar suas posses a um escravo.
    A escravidão era tão diferente naquela época que muitos preferem traduzir a palavra como servo e não escravo.

    Leio outros livros sim. Talvez você que só se apegue a livros que critiquem e desvalorizem a Bíblia. Se você não enxerga nem essas simples evidências de uma escravidão diferenciada na Bíblia, com certeza não enxergará maiores verdades que este livro incrível tem para demonstrar.

    "se a biblia fosse mesmo coisa de deus não permitiria escravidão nem aquela época nem nesta"

    Pense: isso não tiraria a liberdade das pessoas? Não as tornaria escravas?

    Obs.: Só existe escravidão se o escravo se sente cativo. Paulo se dizia escravo de Cristo e era feliz por isso.

    Reflita neste livro, que é o melhor de todos, além de ter tudo a ver com Deus.

    ResponderExcluir
  3. E também, o contexto social é algo que leva tempo pra ser mudado. Essas leis apontavam para algo muito maior, onde Jesus Cristo apregoaria em sua plenitude a vontade de Deus.

    ResponderExcluir