terça-feira, 25 de novembro de 2014

Nossos deuses são super-heróis

Calma! Calma! Não entre em pânico.

Sei que a capa causa um espanto nos cristãos por satirizar a santa ceia de Leonardo da Vinci, mas a obra é bem coerente no que ela se dispõe. Não a destrua só pelo olhar inicial.

Por muito tempo escondi meu lado geek (nerd), mas para ser verdadeiro tenho que assumi-lo. Apesar de nerd, não sou dos melhores também [vergonha].

O texto conta a história das hqs, claro, focando-se mais sua origem norte-americana. O diferencial de outros livros históricos sobre o tema é que ele mostra como esses quadrinhos estão cobertos de ideias religiosas de todos os tipos.

Mas o que mais me chamou a atenção neste livro foi como a psique humana tem necessidade de heróis. Alguns preferem heróis que se identifiquem com nós, passem pelas mesmas dificuldades e crises existenciais. Outros preferem salvadores poderosos e incorruptíveis como deuses que dão exemplo de moral ou no mínimo tem poder para resolver nossos problemas.

A solidão de jovens que não sentem nas religiões o que é necessário para encarar a vida e conseguem um pouco mais de consolo nessas figuras tão diversas também fica clara no texto.

A necessidade de sermos heróis também é citada. Refletir nisso me fez pensar no maior diferencial que o judaísmo do antigo testamento tem em comparação ao cristianismo judeu do primeiro século: o ideal proselitista.

Esse ideal de missão diferenciou os dois momentos de maneira incrível, dando uma possibilidade de contribuir com Deus na salvação de outros simplesmente ao mostrar a esses o que Deus fez por eles ao entregar seu filho a morte para que o universo fosse re-harmonizado  com Ele.

Em suma: precisamos de um herói. Todos nós, nem que para isso, nós mesmos sejamos esse herói.

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