quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fama!


Todos nós recebemos cada dia mais e mais informações a respeito de qual é a maneira certa de se viver a vida.

Nesta era da informação, os discursos religiosos e moralistas se juntam ao cientificismo e se espalha pelo mundo por todas as formas de mídia.

Hoje em dia sabemos em quantas coisas somos falhos. Temos certeza de quanto nossos pais falharam. De como erramos ao tratar de certa forma uma situação. Falhas, erros, e culpas rodeiam nossa vida.

Este vazio provocado pela falta de perfeição de nossas vidas e das diversas frustrações e impotências, dos traumas incuráveis e, talvez principalmente, do sentido de ser só mais um (ou mais nenhum) vagando pelo mundo, acaba nos levando a desejar uma compensação.

Daí vem a "Fama"! O desejo de ser reconhecido. Do de ser destaque. A necessidade de ser alguém, de ser ouvido.

A fama atinge todas as pessoas, em todos os lugares e de todos os meios. Todos querem receber destaque ou de um grupo, de uma cidade, e, muitas vezes, até do mundo.

Afinal, para que ser o melhor cantor, se ninguém ouve? Ser o melhor esportista, se ninguém sabe? Escrever no melhor blog, se ninguém lê? Salvar uma pessoa, se ninguém aplaude?

Mesmo os que conseguem levar a vida de modo mais humilde, sem se importar, dificilmente gostam de perder a pouca fama que um dia experimentam. Afinal, ela é um vício.

A dualidade de nosso ser, de se ter uma vida perfeita (ideal e modesta) para os padrões humanos e ser um ser de destaque na sociedade a que pertence, seja pelas qualidades ou pela loucura [falem mal, ou falem bem, mas falem de mim.], vivem em confronto. A impossibilidade de viver uma fortalece a outra. Talvez até perdoe a outra.

Mas a realidade é ainda mais cruel. Mesmo quando a fama é alcançada, ela não cobre o vázio. Ocupa o ser, mas não o preenche. Como ocupa, o drogado pede uma dose maior de seu vício para preencher o vázio, até atingir o topo do mundo. Quando se chega lá, só se vê que o vázio continua. Talvez seja por isso que muitos acabam partindo para as drogas químicas.

Dou graças a Deus que ele entende esse nosso problema. Por isso que Ele nos quer lembrar da nossa pequeneza, independente de nossa fama pelo mundo. Isto nos faz lutar por outros ideais, inalcançáveis [sem a graça] também, mas, mesmo assim, com certeza de aceitação.

"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda." Provérbios 16:18

Um comentário:

  1. É complicado...Estamos rodiados de coisas que nos impulsionam a pensar que estas coisas (fama, dinheiro, sucesso) valerão a pena e preencherão nosso vazio ou que aumente nosso ego. Talvez queiramos esconder, por trás dessa armadura, o pequeno menino que tem medo e que precisa de Deus.

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