quinta-feira, 30 de junho de 2011

8. "O mundo não seria dessa forma se Deus existisse"

Essa foi a declaração de Austin Dacey assim ao argumentar seus motivos para não crer em Deus. Mas como vimos, um simples estudo da Bíblia e uma observação do mundo em que vivemos mostra que Dacey está errado em suas suposições. Poderíamos até concluir que "o mundo é assim porque Deus existe" se não respeitássemos a regras de retórica em vez de praticarmos o sofismo falacioso.

Se Austin tivesse estudado mais com espírito humilde e procurando sinceramente aprender de seus ensinos, ele não falaria tais problemas. Se William Craig estudasse a Bíblia mais ao invés de só repetir e repetir infinitamente seus argumentos filosóficos provavelmente ele teria sido mais coerente no debate. Infelizmente o valor desse livro como poderoso meio de conhecermos a Deus está sendo cada vez mais desvalorizado.

As pessoas mistificam a Bíblia, achando que portá-la dá poder, e não lê-la com o auxílio do Espírito Santo. Isto é o que tem acontecido por todas as partes. Fora os ataques diretos sobre sua autoria e a bondade do Deus expresso nela.

Os que procuram milagres para crer deveriam houvir as palavras de Deus em João:
Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
Lucas 16:31
Ah, e não nos esqueçamos que o Deus que Austin Dacey diz que deveria existir caso ele existisse existe.
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Estudo anterior: 7. Falta de conforto divino em meio ao sofrimento
Primeiro estudo: Deus, segundo Austin Dacey

7. Falta de conforto divino em meio ao sofrimento

Para quem lê a Bíblia, este foi o mais tolo dos argumentos. Deus repetidamente chorou, inquiriu, consolou e tomou providências para tirar o seu povo do sofrimento. Ele manda seus servos para consolar os outros e Ele mesmo consola, às vezes, de forma sobrenatural.

Eu mesmo tive um caso desses. Ao orar a Deus por vários minutos, em profunda tristeza, que tirasse minha inútil vida, senti algo gélido e gostoso adentrar a região do meu peito e refligerar todo o meu corpo e minha angústia. Isso me deu calma instantânea e me fez dormir instantes depois.

Isso também se demonstrou na Bíblia com os cuidados de Deus ao se fazer presente para Elias em uma suave brisa, ou ao consolar o mau humor de Jonas lhe fazendo uma planta para cobrir do Sol.

Estas histórias não só demonstram que Deus se importa conosco, mas que Ele se importa conosco mesmo que nosso sofrimento seja errado. No caso de Jonas, ele sofria porque a cidade que ele profetizou destruição não seria destruída e isso faria dele um falso profeta e o mau daquele povo mau seria perdoado. Deus teve que mostrar a ele que esse não era o sentimento que Ele queria que seu profeta cultivasse.

Agora fiquem com os demais versos, para acabar de vez com esta falácia de Austin:
E dirás naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas.
Isaías 12:1

Exultai, ó céus, e alegra-te, ó terra, e vós, montes, estalai com júbilo, porque o SENHOR consolou o seu povo, e dos seus aflitos se compadecerá.
Isaías 49:13 
Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza.
Jeremias 31:13 
E sereis consolados, quando virdes o seu caminho e os seus feitos; e sabereis que não fiz sem razão tudo quanto nela tenho feito, diz o Senhor DEUS.
Ezequiel 14:23 
E respondeu o SENHOR ao anjo, que falava comigo, com palavras boas, palavras consoladoras.
Malaquias 1:13 
Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.
Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.
Romanos 15:4
E tem muito mais...

Bendito seja Deus por nos amar tanto.
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Próximo estudo: 8. "O mundo não seria dessa forma se Deus existisse"

6. O sofrimento

Aqui é que entra a maior base (ou desculpa) para o ateísmo em todas as épocas da humanidade: se Deus é amor e todo poderoso, por que sofremos?

Isso me faz lembra do filmes "Forest Gump". Na cena que Forest está carregando seu amigo Buma (se não me falha a memória) seu amigo faz-lhe a seguinte pergunta "Forrest, por que isto está acontecendo". Forest estranha a pergunta e simplesmente responde "porque você levou um tiro, Buma!".

Sofremos porque estamos num mundo mau e hostil. Sofremos porque nós fazemos mau a nós mesmos e a outros. Sofremos porque somos empáticos ao sofrimento alheio. Sofremos porque somos egoístas. Essas são as origens do sofrimento em nossa vida.

Vemos claramente que ele provêm de nós e coisas que fogem de nosso controle. Mas nada disso que eu disse prova ou descomprova a existência de Deus. Na verdade, seguindo o raciocínio de Austin Dacey, isto descomprova, pois se ele fosse amor, ele não deixaria isto correr solto. Bem, ele não deixa.

O mal é necessário para que o amor seja completo. Segundo a Bíblia, o verdadeiro amor se demonstra mais claramente quando se permite que as pessoas escolham seus caminhos. E só há dois: vida ou morte (Deuteronômio 30:11-20). E como somos irmãos e temos um elo com nossa terra e tudo que nela se encontra, arrastamos todos eles para a morte que normalmente escolhemos.

Mas você pode dizer: "mas eu não escolhi a morte!". Verdade, assim como Eva não escolheu, mas foi enganada ao escolher ouvir a serpente e não a Deus. Provérbios já dizia:
Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.
Provérbios 14:12
Mas Deus não foi indiferente a esta escolha. Ele proveu vestimentas devidas ao primeiro casal e lhes deu uma esperança que viria da própria mulher. Uma criança que tiraria para sempre nosso destino mortal.

Ele proveu uma saída para nossas desgraças, mas ele quer que aprendamos a amar para que não voltemos a escolher os caminhos de morte. Por isso ainda estamos num mundo de sofrimentos. Devemos aprender a amar os que estão no meio desse grande conflito e o amor real também envolve não esperar recompensa para amar. E esse é o melhor sofrimento, pois ele produz mais fé e esperança e principalmente amor.

Veja que Deus além de poderosíssimo ele é sabedoria. Ele sabe o fim desde o início e como alcançar os melhores resultados para todos. Veja como exemplo a história de Lázaro (João 11):

Lázaro era amigo de Jesus. Jesus ficou sabendo que Lázaro estava doente e pareceu demonstrar indiferença para com isso. Quando resolveu sair a seu encontro falou para seus discípulos que Lázaro havia morrido. Mas a morte para Jesus não era fatalista como muitos vêem. Ela é um sono em que Ele tem poder de despertar. Por isso a morte na visão de Deus não é igual a morte em nossa visão. Chegou lá no quarto dia da morte de seu amigo. Se eles chegassem um dia antes, segundo as tradições judaícas, ele poderia ressuscitar Lázaro. Não havia esperança entre os presentes. Só a da ressurreição do último dia. Mas Jesus ressuscitou-o mesmo assim. E a Bíblia declara, no verso 45, que "muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele".

Caso Jesus não tivesse permitido tamanho sofrimento por parte de seu amigo e o tivesse curado a distância, pois Ele tem esse poder, provavelmente ninguém creria, pois talvez ele tivesse se curado sozinho e as pessoas não saberiam quem Jesus era. Mas Jesus escolheu o caminho que seria melhor para todo mundo. Ele é assim. Faz o melhor para todos, não só para mim e para você.

Agora concordar com este tipo de atitude o não é mera opinião pessoal, não o correto a ser feito.
Quem quiser ser egoísta tem liberdade para o ser, mas sua opinião pessoal não desfaz a existência de um Deus de amor.

Louvado seja o nome de Deus.
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Próximo estudo: 7. Falta de conforto divino em meio ao sofrimento

5. A moral

Austin Dacey novamente, com sua filosofia ateísta, relembra o que o cristianismo atual está esquecendo. Vejamos sua frase:
    [...] poderia ser que Deus reconhecesse alguma coisa em nós que seja moralmente importante. Talvez seja nossa capacidade de sofrer, ou de ter interesse em planos, ou de fazer promessas. Mas se isto está certo, Deus sai da moldura.
    Estas caracterísitcas morais importantes que determinam nosso valor dizem respeito a nós mesmos, não em fatos a respeito de Deus. A existência de valores morais objetivos de forma alguma implica na existência de Deus.
A moral de não matar e roubar e... acho que só, pois as demais a sociedade já deu conta de relativizar... são morais que dizem respeito a relação que nós temos com Deus, mas visualmente é mais fácil as pessoas aplicarem a nossa relação com os nossos iguais, ou seja, os outros seres humanos.

Nisso  Austin tem razão. Para alguém que não crê em Deus não há como ligar a noção que é errado matar e roubar prova de alguma forma sua existência. Mesmo se pegássemos todos os mandamentos da segunda tábua (Honra a teu pai..., não matar, não adulterar, não furtar, não dizer falsidades e não cobiçar) nós não teríamos nenhuma prova nesse comportamento moral que Deus existe.

Nas palavras de Austin reconhecemos que ele requer que houvesse alguma moral fixa em nós que revelasse a nossa necessidade de Deus. Algo que fosse moralmente relevante a nosso relacionamento de nós para com Deus. Nisso eu chamo a atenção para a adoração.

Veja que todo ser humano, seja ateu ou téista, tem em seu íntimo a necessidade de adorar algo que julga superior a si mesmo. E isto é confirmado pelas ciências naturais e humanas. Adoramos a sabedoria, diversos deuses, outras pessoas e continuamente fazemos delas ídolos. Ninguém fica imune a isto.

A Bíblia também declara a respeito da adoração, mas ela foca na verdadeira coisa que deve ser adorada. A primeira tábua da lei (não terás outros deuses..., não adorarás imagem..., não dirás o nome de Deus em vão... e lembra do sábado para o santificar) são mandamentos que dizerm diretamente respeito a adoração e a quem ela deve ser dada (veja um pequeno aspecto disso em Adoração).

Mas como que nós temos respeitado a primeira tábua da lei? Temos colocado Deus em primeiro lugar na nossa vida?

William Craig é um bom símbolo do cristianismo atual ao procurar a comprovação da existência de Deus longe de sua segunda maior manifestação para nós, a Bíblia Sagrada. A primeira e muito mais perfeita é nosso senhor Jesus Cristo.

O quanto da Bíblia não sabemos? O quanto estamos procurando descobrir com o auxílio do Espírito Santo? Você está sentindo os perigos de procurar "apenas" fontes não bíblicas para estruturar sua fé? Eu espero que sim.
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Próximo estudo: 6. O sofrimento

sexta-feira, 24 de junho de 2011

4. Evolução e sua implicação na existência de Deus

Austin Dacey declara uma coisa que muitos dos cristãos hoje tem medo de confessar ou simplismente não quer aceitar: A evolução e a origem bíblica do universo não se harmonizam. São exatamente o oposto. E se insistirmos em descartar o Deus da Bíblia os demais não resistiram a argumentação de Dacey, fazendo-o certo.

Mas pelo contrário, ao afirmarmos o Deus da Bíblia, Dacey tem que admitir que Deus existe e a Bíblia é sua palavra.

Segundo a lógica de Austin, depois de planejarmos fazer alguma coisa, nós a fazemos da melhor forma possível. Não ficamos fazendo ela pior e aí evoluindo ela aos poucos até alcançar algum ideal planejado desde o princípio. Ao menos um Deus todos poderoso não faria isto. E segundo a Bíblia não fez .

Mas como cristãos queremos harmonizar trevas e luz, verdade com mentira para que possamos viver sem debates ou discussões. Amaria viver dessa forma, mas não a custas da verdade.

E a evolução não é uma verdade. Só é mais aceita no meio científico pois foi convencionado pela ciência que não se deveria olhar para a possibilidade de existir algum Deus criador. Isto muda tudo.

As incoerências dessa teoria não são facilmente verificadas por qualquer estudioso dela. Ela não pode ser base para se descrer em Deus, mas é o maior apoio que os ateus historicamente tem usado para declarar sua inexistência. Por isso eles insistem que ela seja invioldada por novos estudos e mau discutida.

Só espero que você não se iluda com essas falsas luzes de verdade e não descarte a palavra de Deus como fonte da verdade.
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Estudo anterior: 3. Dualidade Corpo e Espírito desmentida
Próximo estudo: 5. A moral

3. Dualidade Corpo e Espírito desmentida

Austin Dacey agora demonstra empiricamente como a ciência descomprova a teoria do dualismo entre alma [alguns também chamam de espírito] e corpo. Veja a declaração abaixo:

"Então eu não preciso afirmar que a mente é nada além do que o cérebro, mas que ela não poderia existir independente dele. A mente pode se distinta do físico, mas não ao mesmo tempo que depende dele. A sugestão alternativa de que as interações entre estados mentais e estados cerebrais podem ser explicadas pela interação entre o cérebro e uma substância mental independente, vai contra o ponto de vista que eu apresentei, então como você explica a interação causal entre uma substância totalmente espiritual e uma substância física? Eu penso que, à luz do problema mente-corpo e a evidência sobre o cérebro e como ele decisivamente determina a mente, qualquer pessoa que ainda acredita no dualismo precisa examinar a cabeça de outra pessoa."
Mas para os estudiosos da Bíblia não são necessários comprovaçõe científicas para saber-se que não há uma alma imortal que vive independente do corpo. Caso queira saber mais, estude estas postagens: Alma, Espírito e Ressurreição.

Não satisfeito com apenas desmantelar a falsa crença em uma alma imortal, ele ainda fala sobre a existência ou não de um inferno real e se há corpos de pessoas ressurretas ou não:
"Em relação à sobrevivência física ele diz que Deus na verdade não precisa do dualismo para ressuscitar as pessoas e levá-las para o céu. Isto é verdade, não há nenhuma conexão lógica aí. Talvez Deus reanime seu corpo em um tempo apropriado após a sua morte. Ou talvez ele substitua seu corpo por um novo corpo para a vida após a morte. Bem... aqui o teísmo começa a parecer mais com paixão, com o raiar da morte. Mas, mais importante, se todas estas pessoas ressuscitadas são na verdade corpos físicos, bem, onde eles estão? Alguns anos atrás o papa nos disse que o inferno é um estado de mente, não um lugar, mas se o céu e o inferno receberam corpos, eles precisam ser um lugar. Eu acho que a única coisa mais absurdamente incrível do que a sobrevivência espiritual é a ideia da sobrevivência física no pós vida [after life]."
 Agora ele mexe com o momento que a ressurreição se dá. Segundo a Bíblia, não foram todas as pessoas que morreram que ressucitaram, mas elas ressucitarão quando ele voltar a Terra. Veja o seguinte texto:
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
I Tessalonicenses 4:16
Haverá ressurreição apenas neste dia tão aguardado. E como a ressurreição de Cristo foi física, pois não há outra, a de nossos amados também será.

Contra a verdadeira esperança que a Bíblia declara a respeito dos que morrem, Dacey não tem argumentos.

Agora imaginem quantos como Dacey não estão enganados a respeito do que a Bíblia diz e se torturam a respeito da falsa esperança de que temos alma imortal? Ou que os sofrimentos do inferno serão eternos?

Não estudar diariamente as verdades bíblicas nos leva a conhecermos falsas doutrinas que nos levam mais ao desespero do que a vida, além de serem incoerentes com a realidade em que vivemos.

Por favor, estudem a Bíblia. É a palavra que Deus deixou para nos livrar da corrupção dos falsos ensinos.
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Estudo anterior: 2. A ciência
Próximo estudo: 4. Evolução e sua implicação na existência de Deus

quinta-feira, 23 de junho de 2011

2. A ciência

"Se o teísmo fosse verdade, deveríamos esperar que Deus atuasse no mundo de uma maneira que as ciências naturais pudessem identificar."

Austin Dacey cita o filósofo agnóstico Paul Draper para fortalecer seu argumento que as ciências naturais sozinhas dão conta de todos os fenômenos da natureza [até parece] sem precisar reinvidicar ações e projetos divinos. Como ao fazer isso ela não vê Deus, Deus não existe.

Da maneira que Dacey fala, até parece que a ciência já resolveu todos os mistérios e que nenhum acontecimento estranho, tipo milagres, deixam de acontecer nos hospitais e até nas salas de ciência. Quantas coisas os ciêntistas não fazem sem saber o porquê mas sabem que funcionam. Realmente, a ciência moderna nega a ação divina para explicar as coisas, mas por ir além de sua visão e logicidade, pois para Deus até o impossível é possível, sendo difícil se regulamentar qualquer comportamento natural. Desta forma, o sucesso da ciência atual não prova nem desaprova nada. Sua declaração foi puro sofismo sem ver as coisas como realmente são.

Mas Dacey insiste até chegar a declarar a maravilhosa pérola abaixo:

"Um ser todo poderoso que busca ter uma relação de amor com a humanidade provavelmente agiria de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, como um agente causal na história do universo."

E é assim que a Bíblia descreve Deus. O livro de crônicas declara diversas vezes que as coisas acontecem segundo a vontade de Deus, e não é só este livro da Bíblia. A própria história de José traz a declaração que os sofrimentos de José vieram para que Deus provesse um modo de escape. Sem contar os atos miraculosos de Deus, como abrir mares e mandar fogo do céu. E na vida de cada pessoa. O efeito devastador da transformação de vidas, o poder da cura manifestos, os milagres sem explicação. Mas, como vimos no estudo anterior, podemos por negação colocar a fonte da causa em outras coisas, ou simplismente descrer.

Mas a maior prova, principalmente para os que descreem dos escritos da Bíblia, que Deus está agindo na história do universo é a profética. Os livros de Daniel e Apocalipse demonstram como Deus tem sido presente na história deste mundo desde sua origem. Temos um pequeno exemplo de estudo o de Daniel 9 (veja aqui). Deus está o controle de tudo, e tudo que acontece conosco, seja bom ou mau, é para o nosso bem:
E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Romanos 8:28
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Estudo anterior: 1. Deus sumiu?
Próximo estudo: 3. Dualidade Corpo e Espírito desmentida

1. Deus sumiu?

O argumento de Dacey começa com o fato de milhares [segundo ele] e milhares de pessoas passarem por esta vida sem sequer perguntar a respeito de Deus. Este fato é no mínimo incalculável. Depois ele fala dos que ficaram confusos, sem poder se definir em alguma religião, seguindo dos que não são Cristãos, ou seja, mudou o assunto para se Deus existe para se o Deus dos cristãos existe, né? Conclui seu pensamento dizendo que esse Deus ao menos deveria se manifestar de forma plausível para que todos o conhecessem. Chega até a dizer que Ele creria em Deus se ele se mostrasse, aparecesse em frente a todos. Desta forma ele não negaria jamais sua existência, mas de outra ele não tem por que crer nEle. [Obs.: esse foi um resumo feito por mim das ideias apresentadas. Caso você encontre erros, aponte nos comentários e tentarei corrigí-los]

Não é fraco o argumento, assim como não é original. A própria Bíblia fala de muitas pessoas desafiando a Deus para que Ele se demonstrasse, inclusive pessoas que criam nEle. Mas mesmo Ele se demonstrando elas fugiram de Deus. A Bíblia conta que não Deus que se esconde, mas o homem que foge de Deus. O caso de Adão e Eva não são os únicos (Gênesis 3:8). Temos o caso do povo pedindo para que Deus não falasse com Ele, pois ouviram sua voz [como Dacey gostaria de ouvir] e pediram para que Deus não falasse mais com Eles. Em toda a história da humanidade, segundo a Palavra de Deus, Deus corre atrás do homem e este se esconde, foge ou simplesmente o nega.

E isso não é difícil de entender. Quantos de nós não desprezamos e fechamos a cara para pessoas que achamos 'beatos' ou 'carolas' ou santos demais, moralistas demais, éticos demais, etc... O homem tende a fechar o coração para tudo aquilo que pode lembrar seus erros e falhas. Imaginem a santidade de Deus. Quantos não querem viver livres da imagem de um Deus puro e justo que exige que a humanidade mude seu comportamento?

Já em questão da clareza da revelação para em outras religiões, Deus julgará a todo homem, mas pelo conhecimento do bem que ele sabia e fez ou não fez. Romanos 2:12-16 mostra claramente isto. Deus não cobrará de todos a mesma coisa. Cobrará o que foi claro para eles.

Mas há aqueles que receberam evidências, e até provas vividas e não aceitaram. Jesus ressuscitou um homem (Veja João 11:44-50) e alguns creram nele e outros quiseram matá-lo. Lucas já tinha mostrado pela 'quimera' [pois esta história é diferente até das estruturas das parábolas] do "Rico e Lázaro que:
Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
Lucas 16:31
Mesmo se Cristo aparecer para várias pessoas os incrédulos poderão dizer que foi alucinação coletiva ou coisa que o pareça (como já o fizeram várias vezes). Desculpas para não se crer não faltam. Mas são só isso. Desculpas.

Mas a Palavra de Deus, quando ouvida e atendida, ilumina o coração e a mente agindo como a luz da aurora, brilhando cada vez mais "até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações" (2 Pedro 1:19).

Uma última história que gostaria de lembrá-los é a do filho pródigo (Lucas 16). Nos versos finais, vemos um filho revoltado por ver seu irmão rebelde ser bem recebido em casa. A resposta do pai para ele foi que ele já desfrutava de seus benefícios enquanto seu irmão sofria as agruras terríveis por estarem longe do pai. Assim são aqueles que não tem tanta luz a respeito de Deus. Eles sofrem pela falta de esperança e teorias confusas que o mundo espalha. Por isso enfatizo: leia a Bíblia. Ela lhe trará outra visão para este mundo.
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Introdução: Deus, segundo Austin Dacey
Próximo estudo: 2. A ciência

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Deus, segundo Austin Dacey

"O sumiço de Deus, o sucesso das ciências naturais, a natureza física da mente, a extravagância do processo evolutivo, a abundância de sofrimento sem sentido e a falta de conforto divino quando encarado o sofrimento, tudo isto torna o ateísmo mais provável que o teísmo. O mundo não seria dessa forma se Deus existisse."
Estas afirmações acima são do filósofo estadunidense Austin Dacey (nem precisa dizer que ele é ateu, né?), num debate com [ou contra, não sei bem!], o filósofo cristão William Lane Craig, na Purdue University, Califórnia, em Fevereiro de 2005. O debate era a respeito da existência de Deus e você pode encontrá-lo legendado em qualquer site de busca ou direto no YouTube.

Infelizmente Craig, o representante Cristão, e no caso, a defesa da existência de Deus não usou as argumentações mais claras para responder aos questionamentos acima. Ao invés disso, colocou sua complicada e emaranhada rede de interpretações filosóficas que para a maioria dos mortais, incluindo eu, não é fácil de se entender.

Ao contrário de seu adversário, Dacey apresentou argumentos simples e claros contra a existência de Deus, sendo uma arma mortífera para conquistar mais adeptos para o ateísmo.

Em resposta a esta argumentação decidi escrever uma serie de estudos que explicam o que Craig não explicou a respeito das indagações de Dacey, as quais impressionantemente [para quem não conhece o poder expresso nesse livro] são confirmadas pela Bíblia, levando-nos a conclusão que o Deus de Dacey é o Deus bíblico. A serie terá o seguintes estudos:

1. Deus sumiu?
2. A ciência
3. Dualidade Corpo e Espírito desmentida
4. Evolução e sua implicação na existência de Deus
5. A moral
6. O sofrimento
7. Falta de conforto divino em meio ao sofrimento
8. "O mundo não seria dessa forma se Deus existisse"

Que o nome de Deus seja sempre louvado.